Obra fundamentada, principalmente, em fontes primárias documentais, que foram complementadas, agora, pela história oral daqueles que vivenciaram o interior da Instituição no período em análise. A história oral foi a ferramenta utilizada para complementar as lacunas históricas decorrentes da falta de informação impressa. O espaço temporal foi selecionado em virtude de representar um período especialmente relevante na história da Universidade. Na década de 1960, a Instituição mudou três vezes de denominação e foi transferida do Ministério da Agricultura, ao qual estava vinculada desde 1910, para o Ministério da Educação. Na década de 1970, foi obrigada a criar cursos na área de Ciências Humanas, deixando assim de oferecer formação exclusivamente agrária, para se adaptar às diretrizes da Reforma Universitária de 1968. Além disso, viu ressurgir no final da década de 1970, o movimento estudantil, com a criação do DCE-Livre e o movimento docente, com a criação da ADUR-RJ. Tudo isso em pleno período de opressão e autoritarismo ocasionado pelo golpe militar de 1964, quando o reitor foi “cassado” e professores, estudantes e técnicos foram perseguidos pela ditadura. As lacunas temporais com lapsos de informações, em virtude da destruição de documentos ordenada pelos governos militares, motivou a presente pesquisa. Foram selecionados quatro docentes, quatro discentes e três técnicos administrativos, que vivenciaram a história da Instituição no período em análise, aceitaram ser entrevistados e autorizaram a utilização do teor das entrevistas. Os depoimentos enriqueceram o relato histórico e complementaram quantitativa e qualitativamente as informações obtidas anteriormente. Durante todo o percurso investigativo as informações orais foram sempre comparadas com aquelas obtidas das fontes impressas a fim de que se procurasse manter a linha histórica e se pudesse constatar a veracidade dos fatos.