O próprio texto traduz já, com propriedade incisiva, a trajetória que o autor traça para a noção de sujeito: de relatos mitológicos e de textos pré-sociocráticos à insurreição de Nicolau Copérnico; e daí ao protagonismo do sujeito na ciência moderna. Ele o faz com maestria, endossada por minuciosas notas de rodapé e crítico repertório bibliográfico. E mais: sua interpretação da Teoria das Estranhezas, em termos de ênfase no sujeito para identificação de particulares mosaicos de isomorfos (sujeito-dependência) nos arquétipos da psicologia junguiana, vem atestar a contemporaneidade de sua obra. O que se reforça por artigo recente, na ciência física atual, a fazer o coro a esse resgate seu sujeito: “a realidade não existe, se nós não a estivermos observando” (News – PsysicsWeb, 26 de abril 2007). E, para resumir, diria que o autor foi em busca das origens (etymologiae) do sujeito moderno… e as encontrou.